Fundação Getúlio Vargas abre as portas para o futebol e discute a relação do esporte com a sociedade, a literatura, a museologia e o cinema.
Kaká, Ronaldinho, Pelé e Tostão. Craques brasileiros, ídolos. Alguns mitos. Mitos com uma singularidade: têm apelidos de gente comum, diminutivos carinhosos. O que poderia ser apenas uma engraçada coincidência é, na verdade, prática repetida à exaustão com milhares de jogadores brasileiros. Então, fica a pergunta: o que será que os inhos no final do nome dos nossos ídolos dizem sobre o Brasil?
Em um debate na sexta-feira passada que uniu futebol e ciências sociais e humanas na Fundação Getúlio Vargas (FGV - RJ), o autor do livro Veneno remédio (2008), obra que traça as linhas de encontro e desencontro entre o futebol e os hábitos dos brasileiros, disse:
– A gente não abre mão de chamar nossos heróis de forma infantil. É a nossa clássica mistura do privado e do público, como explica Sérgio Buarque em Raízes do Brasil. Temos medo de assumir responsabilidades. Não somos como os europeus. Quando eles entram em campo, vemos um desfile de sobrenomes.
Wisnik, que estava na mesa junto com o mediador Bernardo Buarque de Hollanda, era só parte de um evento. Durante todo o dia, falou-se também de temas como o Museu do Futebol, em São Paulo, e a relação do cinema com o esporte.
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